Por que a matemática é a disciplina mais odiada do mundo?
Será por causa da sua complexidade? Afinal, a matemática tem ‘culpa’ por ser odiada?
A resposta é muito simples, desde que se busque nas suas questões mais fundamentais.
O grande problema é que as pessoas acreditam que a matemática é auto-sustentável, independente de qualquer coisa, exata, imutável.
E vem a pergunta: mas ela não é? Deveria ser evidente que não, mas o mundo é praticamente unânime na resposta SIM.
Por que não?
A matemática é pensada por seres humanos, ela está presente na mente de qualquer um que faça um pequeno raciocínio, por mais singelo que o seja. A maneira com que a pessoa pensa em coisas que gostamos de chamar de matemática ou lógica, seja estudando ou fazendo qualquer coisa na vida (mesmo que ela não tenha consciência de que “este tipo de pensamento é matemático…”), é o que define o que é matemática, para ela mesma!
Cada pessoa tem a sua matemática!
Isso explica porque muitas pessoas não conseguem fazer contas na escola mas conseguem contar dinheiro com invejável habilidade.
Alguém pode argumentar: mas o formalismo torna tudo preciso, os axiomas e regras de inferência de uma teoria a tornam a mesma para qualquer pessoa que a esteja estudando, onde fica essa questão pessoal?
Bem, se o formalismo fosse a questão mais essencial, a primeira aula de matemática de todas as pessoas começaria com os axiomas do cálculo proposicional ou de alguma teoria de conjuntos. O formalismo é fantástico para a matemática, mas está longe de ser “o” fundamento da matemática.
Por que esse é “o grande problema”?
Simples! Todos encaram a matemática como uma montanha de fatos, verdades absolutas que devem ser absorvidas (por mentes que têm pouca memória, hehe). A consequência disso é autoritarismo de professores e decepção geral de alunos frustrados por não conseguirem absorver coisas que não pertencem aos seus amplos róis de raciocícios, ideias, concepções e verdades próprias.
Os mais sensatos tentam zelar pelas ideias, demonstram resultados, fazem explicações bastante elaboradas, buscam o entendimento (deles mesmos e dos outros), são compreensivos com as dificuldades alheias, mas no fundo cometem o mesmo erro, mesmo assim acreditam que aqueles que têm dificuldades também devem absorver o conhecimento de uma determinada forma (uma única forma possível) e basta dar a eles um pouco mais de tempo para que compreendam.
Professores deveriam ter consciência que cada pessoa tem a sua própria matemática, que os outros não precisam aprender exatamente aquelas ‘verdades’ que o professor quer passar, mas sim elaborar a sua própria maneira de ver o assunto em questão. Isso muda completamente a postura e os objetivos de um professor em sala de aula!
Os alunos também precisam ter esta consciência, pois assim não poderiam mais ficar sentados esperando o conteúdo vir até eles. Também muda completamente a postura dos alunos!
A matemática deve ser trabalhada sem ignorar a individualidade de quem a pratica.
- Excelente complementação do assunto: “Por que ensinar matemática?”, por Adonai Sant’anna;
- Ensino da Matemática – Por que é tão Ruim? (Blog de DSFontes, que comentou abaixo).
Interessante o seu blog, começou muito bem. Gostei das ideias deste post, está de parabéns. Uma dica, se quiser, pode retirar facilmente o "navbar" (a barra superior onde está escrito "próximo blog"), basta pesquisar no google "retirar navbar". Além disso, buscando divulgar outros blogs, caso tenha interesse, podemos fazer uma parceria link, ou seja, inclua o meu blog na sua lista que eu farei o mesmo.
Talvez o que impeça de que as coisas sejam do jeito que você falou, a razão seja simplesmente preguiça. Muitas pessoas odeiam matemática porque ela é uma das únicas disciplinas do ensino em geral que de vez em quando (pela forma com a matemática é passada na maioria das escolas) elas tem que pensar pra resolver algum problema (esses problemas que se dizem contextualizados). Eu percebo que as pessoas tem preguiça de pensar, refletir, é mais fácil se acomodar e deixar que as coisas aconteçam. Nas disciplinas de física e química, em geral, os alunos também fazem muitas contas sem sentido, porém, esse "ódio" não tem tanto impacto em física e química porque elas são ciências mais "bonitinhas" no sentido de que os alunos fazem as contas ja "vendo" aplicações, e essas coisas despertam interesse de vários alunos, e do jeito que essas são assim passadas, os alunos acabam não percebendo que do mesmo modo que elas pensam em matemática, elas poderiam pensar em física, química, e qualquer outra coisa. Talvez seja até por isso que se pensa tanto em "contextualizar" a matemática nas escolas, mas nós sabemos que esse tipo de coisa é bem mal feita nas escolas em geral (quando é feita).
Oi Paulo Sérgio,
Obrigado pelas dicas, eu estava esperando o dia que você comentasse algo no meu blog! hehe (eu já tinha visto a sua atuação em outros blogs).
Sobre a parceria: já faz tempo que o link do seu blog (FATOS MATEMÁTICOS) está no meu. Veja no rodapé o link "Blogs Bons – Indicações", vai abrir uma postagem com alguns blogs que eu gostei. Inicialmente eu tinha colocado na lateral do meu blog, mas a página estava muito pesada e acabei mudando várias coisas…
Se quiser colocar o link do meu blog no seu, fique à vontade 🙂
Ricardo,
O que você aponta são questões de motivação (e a relação que você faz com outras disciplinas é que as outras são mais facilmente motivadas)…
Mas não acho que esse seja o ponto fundamental. Quero dizer (meu ponto de vista), primeiro vem o que falei no texto, eliminar aquela concepção independente e imutável da matemática, depois vem qual é a concepção que vai substituir, tem que se ter um mínimo de clareza quanto a isso (evidentemente a substituta não é única, como defendo no texto).
Feito isso, podemos pesquisar e explorar diversas formas de fazer "ensino" de matemática (não gosto muito da palavra 'ensino'), onde entra a questão da motivação, entre outras coisas.
Certamente isso será assunto para futuras postagens, só não me pergunte quando, hehe.
Valeu rapaz, você está ajudando bastante!
para renato: o/
Sim, acabei entrando apenas no assunto sala de aula. Mas de fato, uma das coisas que as pessoas precisam perceber e que o pensar matemático (seja la exatamente o que isso signifique) anda conosco boa parte do nosso tempo e dia a dia. Além disso, aquela matemática que estudamos foi feita por seres humanos e para seres humanos. Mas é difícil encontrar pessoas que pensem nessas questões, dificilmente encontramos alguém por ai que começou a pensar "do nada" essas coisas. Esse talvez seja um dos papéis fundamentais de um professor.
Ricardo,
De fato, o professor deve ter consciência dessas questões de modo que isso fundamente suas ações, e que ele passe a sua e outras 'visões de matemática' para que os alunos tenham liberdade para adotar ou elaborar a sua própria matemática da maneira que lhe convém.
Eu penso diferente,a matemática é odiada enquanto disciplina.Ela é estudada em outras ciências como a Bio,a Química,a Física,etc, e ninguém reclama.Um dia meu aluno me perguntou a pergunta de praxe "para que eu tenho que saber isso?"E eu respondi "para eu continuar no meu emprego"Heheheheheeee…….
Khaustubha,
O que quer dizer com "a matemática é odiada enquanto disciplina"?
Ninguém reclama? Eu vejo muita gente reclamando…
Lamento que você tenha que dar essa resposta ao seu aluno. Esse resposta é muito comum, já ouvi muitas vezes. Acredito que a mensagem que fica pro aluno é que ele realmente não precisa saber nada do conteúdo e ainda está sendo usado para dar emprego ao professor, sem ter o retorno deste.
(…)numa escola para massas minha resposta foi a mais plausível.Na verdade o aluno queria criticar o tópico em estudo,a leitura que fiz de sua pergunta foi…"a matemática dada pela escola não serve para nada!"E eu não tive a mínima paciência de responder bonitinho:"Não é que não vai servir para nada,de cem coisas que se façam,uma vai servir para algo.O sistema não conseguiu emburrecer a todos.Alguns de seus colegas vão escapar." Françoise Dolto – educadora francesa – respondeu (ao lhe perguntarem como encontraria numa classe as crianças mais criativas):"Procurando entre as que têm as piores notas de matemática."
Khaustubha,
hehehe, essa última frase é muito interessante!
Entendo a sua posição.
De maneira alguma quero julgar a sua atitude, pois eu não estava na sua situação para saber qual seria a melhor coisa a fazer (nem se estivesse eu saberia, hehe).
Obrigado pelo retorno.
Idéias interessantes, muitas delas ainda não haviam passadas pela minha mente, ou pela minha consciência de educador matemático.
Uma vez li um livro em inglês, que agora não recordo do autor, cujo título era algo como "O que é Matemática". Na verdade, foi uma pergunta simples de aluno para seu novo professor de matemática. O professor pensou, meditou, enrubeceu, e, após dez milhares de centésimos de segundo, respondeu sabiamente: "não sei exatamente, vou pesquisar e em breve, talvez, dê-lhe uma resposta.".
Agora, o papel da matemática no ensino fundamental e médio pode e está sendo muito bem discutido aqui, e creio que todos seremos agraciados com as mais belas postagens.
O idealizador e proprietário do blog está de parabéns! Obrigado pela oportunidade de expôr alguma coisa daquilo que me acompanha desde que aprendi a contar (e depois a falar e chamar "mamãe, papai, etc.".
Prof. D. G. R.
Prof. D. G. R.,
É uma honra receber tal comentário, muito obrigado!
Me esforçarei para atender às suas expectativas.
Penso diferente. acho q o ódio q muitas pessoas tem da matemática, se dar pelos primeiros contatos frustantes q tiveram com a disciplina. Quuando me apresento como professora de Matemática, muitos alunos torcem o nariz, já sei q estes não tiveram sucesso com esta disciplina nos anos anteriores. A matemática deve ser ensinada de modo "menos pesado". Lavando o aluno a perceber a importancia dos conteúdos e sua aplicação no dia a dia, dando significados na sua vida. Embora alguns conteúdos são dificeis de acontecer isso, como está no comentário acima.
Os professores devem estarem cada vez mais atentos para estas questões e buscar alternativas de ensinar matemática de modo mais dinamico e atrativo, só assim teremos futuramente muitos alunos que gostarão de aprender e apreciar a Matemática.
um abraço.
Ana,
Se a causa do ódio é pelos primeiros contatos frustrantes, temos que buscar saber qual a razão dessas frustrações. É isso que eu aponto no texto, defendo que é consequência daquela visão de matemática que muitos têm.
Imagine uma situação hipotética assim: "todos os professores acham que a matemática que tal pessoa deve aprender é 'assim' (concepção no texto), o aluno chega em casa e pergunta aos pais e recebe a mesma informação. Ele tenta mas não consegue compreender a matemática do jeito que os outros querem que ele compreenda. O que o aluno faz? Desenvolve a sua própria forma de pensar e 'aprende' matemática como ele bem entende ou fica frustrado e começa a odiar matemática e rejeitar futuros professores de matemática?
Obrigado por compartilhar seu ponto de vista.
Ana,somente o desaparecimento de nossa disciplina nos sistemas escolares dará à Matemática condição compatível a sua presença natural no dia-a-dia e não o contrário.O mesmo se passou com o falar e deverá se passar com a redação.Não encontramos no cotidiano atividades que não envolvam "alguma forma de Matemática".Mas não necessariamente a Matemática que está no currículo escolar.O futuro da Educação Matemática não depende da dinamização da própria Matemática, procurando levar novas práticas à geração de conhecimento.Tampouco depende de uma metodologia "mágica".A matemática está presente nas outras ciências,na vida,todas as atitudes humanas e conhecimentos necessitam de algum raciocínio,lucidez,abstração.E de certo modo o aluno tá certo,quer ver?"Quanto dá uma banana mais três maçãs mais duas laranjas mais um mamão?"Resposta do aluno:"Uma salada de frutas."RSRSRSSS…
E tem mais:Os alunos odeiam matemática por causa da problematização,o que todos nós fazemos é induzir o aluno a um número,a uma operação,eles fazem os exercícios e conferem a resposta do autor prá verificar o acerto,como fizeram conosco.A gente nunca apresenta um problema sem solução.Veja o problema da idade do capitão.É absurdo,mas alunos fizeram as contas sei lá como e deram a idade do capitão sem ter no contexto algo válido.O enunciado é o seguinte:"Em um barco há 26 carneiros e 10 cabras.Qual é a idade do capitão?"Foi aplicado a 97 alunos,da cidade de Grenoble,na França,em 1980.78% dos alunos entre 8/9 anos,responderam combinando os números dados,evidenciando que para a grande maioria "a resposta de um problema tem que ser sempre um número,pouco importando como surge esse número.
Jesus, para uns foi um homem; para outros, um Deus; e para outros ainda, um semi-deus. Mas numa coisa todos concordamos: o Jesus histórico deixou sua marca, e principalmente – na opnião de muitos educadores – na maneira "contextualizada" de ensinar.
Posso fazer esse paralelo a vontade já que cerca 90% de nós brasileiros somos, de alguma forma, judeus ou cristãos; e os 10% restantes conhecem o "mito" dos ensinos do Mestre.
Bem, o que eu queria abrir uma discussão aqui seria sobre a maneira como Jesus ensinava. Notem que ele usava parábolas (também um ente matemático), isto é, histórias do cotidiano dos ouvintes que traziam algum ensino prático – religioso, moral ou social. Jesus ensinava também o que vivia.
No ensino da matemática, precisamos, primeiro, amá-la, vivê-la, e sermos altruístas no sentido de não armazenarmos só nas nossas mentes o que descobrimos e apreendemos, mas compartilharmos, ou estarmos dispostos a compartilhar, o que descobrimos ou estudamos.
Um erro muito comum que cometemos, no meu entender, é tratar banal aquilo que sabemos muito e não levarmos em conta o desconhecimento do aluno. Jesus, notem, era um Rabimo, Mestre da Lei Judaica da época, e mesmo sendo tão culto, conhecedor de várias línguas (inclusive e principalmente a grega), da filosofia helenista, das culturas de todo o Império Romano, não usava de grande elucubrações para compartilhar seus ensinamentos.
Foquemos nossas atenções para esse Grande Mestre, que teremos grandes aplicações para as nossas vidas enquanto educadores matemáticos.
(…)
Acho que o cara pode se basear no que ele quiser pra quando se prepara para dar uma aula. O que eu acho realmente importante é que o professor tenha refletido sobre o papel social dele no nosso país, sobre o papel da matemática no ensino e o que é matemática para ele. Que ele se preocupe em convidar os alunos para questionar, conhecer um pouco da matemática como conteúdo, para que cada aluno crie sua própria matemática, que faça da matemática "um vício", na maneira de pensar. Eu ainda acho que o mais importante é o estímulo ao raciocínio, trabalhar a cabeça. Formar futuros cidadãos, pessoas boas e que saibam usar de uma boa maneira aquela profissão que elas vão exercitar.
Acredito que a matemática se torna uma área do conhecimento odiada pelos seguintes motivos:
1: A desvalorização do profissional em educação.
2: Qualquer um pode ser professor, é só conhecer algum vereador,prefeito ou ser amigo da diretora do colégio ou escola e pronto, já está apto a lecionar.
3: Pela 1 e 2 são poucos os que são formados na área que realmente quer ensinar, e quando ensina mais pouco ainda é aqueles que vestem a camisa, pois estão desmotivados.
4: Os alunos não gostam e nem sabem como estudar, pois estão mais interessados em em bater papo, brincar, namorar, badernar na escola bem como na sala de aula, devemos ter em mente que não ha aprendizado sem disciplina. Escola é pra quem quer ser escolarizado, aluno indisciplinado custa muito caro para o estado, escola, professores e para os colegas que querem estudar.
5: Pela 4, quando o professor realmente faz o trabalho como deve ser feito é taxado e criticado pelos alunos bem como os seus colegas de trabalho pois o correto nesse caso é permanecer fazendo o errado e ganhando por isso dando assim continuidade a esse fracasso chamado escola.
Resumindo, posso dizer que; quem deve oferecer uma educação de qualidade não tá nem ai, quem precisa também não, ou seja estão todos de comum acordo. Sendo assim entre outras coisas vamos continua pagando R$ 1000, 00 num celular e continuar exportando matéria prima, pois não temos como gerar tecnologia sem conhecimento e nem tampouco conhecimento sem estudo.
Eu tinha pavor da Matemática até a 6ª série, na qual fiquei reprovada por 1,5 pontos. Isso foi traumatizante! Quando lembro que não sabia resolver -2+5,. . . ficava furiosa.
Mas isso, ei não sabia pq não fazia nenhuma relação com os números inteiros na minha vida, só quando comecei compará-los com fatos reais do dia a dia, pode compreendê-los.
Um grande motivo q faz com q muitos alunos odeiam a matemática, é o fato de professores não aceitarem respostas de alunos, diferentes das q ensinou. Por mais q a resposta esteja correta, não é considerada . O professor nem se quer não leva em consideração o raciocínio q o aluno usou para chegar ao resultado.
Eu odiava aquelas questões enormes, parecia um texto. Além da disciplina, por si só já é encarada "difícil" pela maioria dos alunos, vem contextualizada e isso se torna um problemão.
Seja bem vindo,muitos "estudantes" frequentam a escola quase que por obrigação.São as leis que submetem a todos.Lembro-me da diretora avisando aos alunos faltosos que o "bolsa escola" seria cortado.O programa assistencialista do Governo Federal gerou quantidade e não qualidade,não é preciso ter um percentual mínimo de aproveitamento,basta estar presente,fazer número nos bancos escolares,entende?Por outro lado,temos profissionais leigos ou não,inseridos num processo de pressão e portanto,trabalhando em condições desfavoráveis:Socialmente por baixo,salário por baixo,intelectualmente brutalizado,sem tempo ou oportunidade para aprender a gostar de sua prática docente.É pressão de alunos inconformados,pais completamente fora da realidade,pressão de um sistema interessado no encarceramento que os currículos prontos provocam.Todos,enfim,engaiolados,sem o direito de voar um pouco mais alto.
A questão é muito complexa. Temos a mídia dizendo o tempo todo que a matemática é "a disciplina mais temida", isso gera um bloqueio no aprendizado e fica difícil para a gente trabalhar. Também tem a questão social, onde os alunos são números (tanto para programas assistencialistas qto para indicadores do MEC), ninguém se importa de verdade com o aprendizado. Ninguém aprende (e gosta de) matemática se não consegue raciocinar, se não tem senso crítico; o que vemos nas escolas (e até em faculdades) são professores (por má formação, mal caráter, etc) vomitando as páginas dos livros "didáticos" e acabando com a criatividade dos alunos. Desinteressado, ele se mau aluno, mau cidadão, mau proffissional…
Prof. D. Gabriel, Ricardo, "Seja bem vindo", Ana, Khaustubha,
Tudo que vocês vêm apontando são fatores importantes na questão colocada na minha postagem, obrigado pelo esforço de todos!
Um ponto que não quero deixar de ressaltar é que, independente do que professores fazem ou são obrigados a fazer, independente do que alunos pensam e fazem, independente do que a mídia fala, independente de seguir ou não os passos de alguma pessoa bem instruída, independente de qualquer opinião sobre o assunto, nós temos que individual ou coletivamente procurar o que há de mais fundamental nesta questão. Ou seja, precisamos encontrar a resposta mais essencial da pergunta da postagem para tentar combatê-la.
A resposta há de ser independente de sala de aula e de questões sociais (se continuarmos dando valor ao que "a maioria" fala sobre isso, nunca mudaremos o 'quadro' da matemática), a resposta está dentro da cabeça de cada pessoa, sendo esta ativa no trabalho com a matemática ou não.
Problemas assim sempre surgem na cabeça das pessoas, nalguma concepção 'estranha', mal pensada ou doentia. É aí que devemos buscar as mudanças, temos que mudar a concepção mundial do que seja matemática, começando por poucas pessoas, um por um, e isso demorará décadas ou séculos. Se buscarmos a resposta em outra parte ficaremos em discussões infindáveis sem com isso provocar uma mudança considerável, e as tentativas de mudança não passarão de imposição de regras cujas consequências são meramente superficiais ou não passarão de propostas isoladas que não serão aplicadas por falta de concordância entre os responsáveis, falta essa por causa da não-percepção do que podem ou não podem ser os pontos mais importantes do que se vem tentando fazer.
É essa a proposta do meu texto, procurar essa resposta na sua questão mais profunda, na causa
primeira do disturbio intelectual, que por sinal muitos nem sequer admitem que exista.
Obrigado pela atenção de todos e boas discussões!
Oi, Renato:
Postei no meu blog algumas das minhas impressões sobre esse assunto: http://dsfontes.blogspot.com/2010/08/ensino-da-matematica-por-que-e-tao-ruim.html — Se tiver um tempinho para ler e comentar…
DSFontes,
Obrigado, é uma honra receber uma postagem como parte da discussão, certamente você levantou várias outras questões relevantes para o assunto.
Coloquei um link para a sua postagem no final desta minha postagem.
Sou Claudiana sempre tive dificuldade com matemática,química,física. professor por favor me ajude eu gostaria muito de compreender mas não consigo parece ser algo que estar além do meu alcance e meu maior sonho e um dia ingressar na faculdade de medicina.
Sinceramente eu estou na sétima série e não sei o que fazer,em relação a matemática a minha dificuldade é nessa seguinte matéria-Frações algébricas,sistemas de equações por ai vai,só de pensar em resolver simples cálculos de polinômios já me vem uma dor de cabeça,não sei o que fazer não consigo exatamente extrair nada com a explicação da minha professora,já pensei que eu poderia ter Défict de atenção,mas mesmo me esforçando mais ,parece uma língua desconhecida grego qualquer coisa,menos que eu entenda,não sei se é falta de criatividade,mas a minha professor me faz enfiar a cara no livro e me vê na maior dificuldade e Stress uma ajuda não oferece,peço-lhe ajuda parece que ela explica mais difícil do que a própria explicação que ela deu para turma ano passado estava até entendo mas esse ano parece que nem a matéria do ano passado me vem a cabeça e vira um bolo tudo…Não sei o que fazer,vejo vídeo aulas,agora vou tentar usar a criatividade ,será vai da certo ?
Nossa que sufoco! Sei o que é isso. Fico triste de mandar meu Currículo de Professora e não me darem resposta enquanto Professores assim como a sua tem a oportunidade e responsabilidade sobre aluninhas como você. Boa sorte. Recomendo o Instituto Promath
bom post.
Detesto matemática, importante é aprender o básico mais que isso nao! nem tenho interesse de saber mais, nem no meu futuro a matemática tem a ver com o que quero quando for grande.
Se queres ser engenheiro, informaticos, teoria quanticas, etc…força, tens que adorar. mas porra, para que tenho que aprender a materia tao estupidamente complicadas, nem todos somos iguais, é o mesmo que obrigar te a comeres a raçao de comida para caes -.- a sério!
materias dificeis tem que ser na universidade. sei que é importante, mas todas as matérias tb sao importantes , mas mais importante para si no futuro de trabalho!
Quero deixar claro que meu post não é uma desculpa para não estudar matemática, me refiro à forma como é feita, cada um com sua maneira, até o nível adequado à pessoa. Incentivo a quebrar barreiras, tentar ir além do que já chegou, pois o conhecimento matemático é sempre útil.
Tristemente não aprenderam que a ‘Letra’ é mais importante que o número. Dão uma importância massiva e horrivel. Saber ler, saber falar é, na minha visão de vida, muito mais louvável do que fazer tais contas grotescas. É uma mediocridade generalizada . Esta na hora de mudar isso.
O pior é que o brasileiro não está estudando direito as letras. O desprezo pelo Português é crescente ainda mais comparado ao Inglês que tem cursos em todas as esquinas. Dos quais fica-se anos sem aproveitamento.
Olá, gostei muito desse outro olhar para a matemática estou escrevendo minha monografia, gostaria de saber se vc tem alguma referência bibliográfica, ou material para uma leitura mais aprofundada.
Uma coisa interessante é que os comentários, de certa forma, confirmam o post. Em outras palavras, ensina-se matemática a partir da própria percepção do que isso representa, porém as bases matemáticas do alunos não são necessariamente as mesmas de quem ensina.
Talvez o começo da mudança aconteça no respeito pela ignorância individual. É aquela velha história: a mudança é mais eficiente quando se conhece o que se pretende mudar.
Eu não sou professor e não tenho a menor noção das teorias por trás do ensino, mas lembro que eu só tinha algum sucesso quando dava aulas particulares para os colegas de classe durante a graduação porque eu procurava conhecer a percepção do aluno sobre o assunto. Apenas a partir desse ponto eu pensava na aula e moldava o discurso de modo a ter mais compatibilidade com a percepção do aluno.
Imagino que não seja fácil fazer isso com uma turma grande, mas talvez valha a pena perder em quantidade de conteúdo para ter mais qualidade, pelo menos num primeiro momento.
Que vocês consigam melhorar tudo isso, professores!
Olá, Thiago. Concordo contigo. Obrigado pelo comentário e pelo apoio.
Os professores n tem ideia dos transtornos que causam na vida do aluno visto que cabe a eles transmitir o conhecimento uma grande maioria tem bagagem mais n tem habilidade de transmitir.sao formadores de opinião. Amedrontam o aluno ensinando uma vez só impacientes embora saibam que cada um tem um ritmo de aprendizagem e vão como um rodo. Eu sou prova viva disso amo ler pq os professores de português explicaram a função da leitura e como devo analisar um texto tanto e q n passo um dia sem ler. Já a matemática um terror.pq tive problemas de aprendizagem e até hoje tenho sequelas.e para piorar tive pais extremamente violentos nas palavras me chamando de cabeca vazia sem inteligência apanhei mto tu ficava me indagando pq eu era diferente das outras crianças hoje sei depois de ler muito discalculia.e quem.me tratou hoje consigo fazer calculo na caneta mas no papel não consigo e uma vergonha dou causa de CHACOTA e escândalo dificuldade lá das primeiras séries continhas . Qdo eta hora de fazer a tarefa era hora de terror minha mae tira sarro de mim . Meu exs marido também isso e vida ????? Só invés de me ajudarem …
E triste e muito triste . Portanto queridos professores levem meu depoimento como um.exemplo e cuidem das crianças sabe o q vc n conseguir ter um bloqueio.